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terça-feira, 21 de março de 2023

Justiça determina que Estado volte a pagar salário de PM preso por morte de Leandro Lo

A Justiça determinou que o Estado volte a pagar o salário do tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo, que está preso pela morte do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, 33. A decisão, do último dia 13, atende a um pedido da defesa do policial militar.

O pagamento dele foi suspenso depois de sua prisão, em 7 de agosto do ano passado. Ele se entregou à polícia no mesmo dia em que atirou no lutador durante um show no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo. Antes, segundo a investigação, ele passou por uma boate e um motel.

O juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16ª Vara da Fazenda Pública, deu o prazo de cinco dias para que a decisão seja cumprida.

No pedido, a defesa do PM usou como argumento o fato de o processo contra Velozo estar em andamento, sem uma definição sobre absolvição ou condenação. Em outras ocasiões, os advogados do policial afirmaram que ele agiu em legítima defesa.

Procurada nesta segunda (20), a defesa afirmou, em nota, que a suspensão do pagamento do PM sem a oportunidade que apresentasse o contraditório afronta princípios constitucionais consagrados, como a presunção de inocência e a irredutibilidade dos vencimentos.

Na mesma ação, os advogados solicitaram o pagamento dos vencimentos atrasados. O policial, que está detido no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte, ainda não deu sua versão oficial sobre o dia do crime. Ele deve ser pronunciar quando for ouvido por um juiz.

Ivã Siqueira Junior, então advogado da família do lutador, disse que, segundo testemunhas, o desentendimento teve início depois de o PM entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida, começar a chacoalhá-la e encarar o lutador, como forma de provocação.

Lo teria, então, derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, sem ter havido agressões, de acordo com relatos de testemunhas aos quais o advogado da família afirma ter tido acesso.

Velozo teria, então, sacado uma arma e, de frente para a vítima, disparado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa.

O lutador chegou a receber os primeiros socorros de um médico no local, que buscou reanimá-lo. Em seguida, ele foi levado ao Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, onde morreu.

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