Pedro Rodrigues Filho estava sentado em uma cadeira na calçada, nesse domingo (5/3), quando um carro estacionou em frente ao número 45 da Rua José Rodrigues da Costa. Era por volta das 9h50 em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
Conhecido como Pedrinho Matador, o homem de 68 anos estava acompanhado de sua sobrinha de consideração, uma jovem de 23 anos, e pela filha dela.
Usando uma máscara do palhaço Coringa, um homem que desceu do carro disse à jovem: “Não é nada com você, não. Pega sua filha e entra”.
Assim que cumpriu a ordem do mascarado, a jovem afirmou ter ouvido disparos de arma de fogo, conforme consta em seu depoimento à Polícia Civil. O alvo era Pedrinho Matador, famoso serial killer das décadas de 1970 e 1980.
Quando Pedrinho já estava caído no chão, de barriga para baixo, outro criminoso mascarado se aproximou e, empunhando uma faca de cozinha, degolou o serial killer.
Em seguida, ambos os mascarados correram para o Volkswagen Gol, com placa da capital paulista, do qual haviam desembarcado instantes antes. O veículo era guiado por um terceiro criminoso. O carro foi encontrado por policiais militares, posteriormente, a cerca de 1,5 quilômetro de distância do local do crime.
Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constataram a morte de Pedrinho ainda no local. Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito havia sido preso. A Polícia Civil investiga as motivações para o assassinato.
Serial killer
Pedrinho Matador estava em liberdade desde 2018, após cumprir 42 anos de prisão, por causa de 71 homicídios. Ele, porém, afirmava ter matado mais de 100 pessoas.
Ele é considerado o serial killer com o maior número de vítimas oficiais no Brasil.
Uma foto que circula pelas redes sociais mostra o corpo de Pedrinho Matador caído na calçada onde foi morto. Segundo a Polícia Civil, o corpo foi encontrado com diversas perfurações. A perícia foi acionada para ir ao local.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como homicídio qualificado e apreensão de veículo e objeto na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. O Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa assumiu a investigação e realiza diligências “para total esclarecimento dos fatos”.
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