O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou a todo custo seguir na Presidência da República e a tentativa deixou um rombo bilionário na Caixa Econômica Federal. É o que diz uma reportagem do portal UOL, que teve acesso a informações sigilosas do banco.
De acordo com a publicação, o banco foi usado como ferramenta de campanha de Bolsonaro. A primeira ação ocorreu em 2022 quando o então presidente decidiu criar o Auxilio Brasil, programa criado para tentar atrair o votos dos mais pobres. No entanto, a medida não teve o resultado esperado, o que levou Bolsonaro a recrutar a Caixa.
O governo Bolsonaro elaborou uma medida provisória para criar duas linhas de crédito no banco para essa parcela do eleitorado. Até a eleição, a Caixa já havia liberado R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas.
Desse total, R$ 3 bilhões foram para o programa SIM Digital. No entanto, o índice de inadimplência surpreende: 80% neste ano, segundo a atual presidente do banco. A outra parte foi para empréstimos consignados ao Auxílio Brasil. Entre o primeiro e o segundo turno das eleições, a Caixa liberou R$ 7,6 bilhões. A medida foi criticada por diminuir o valor do beneficio para pagar o empréstimo. Este ano, mais de 100 mil devedores foram retirados do Bolsa Família e o pagamento do crédito é incerto.
A tentativa de Bolsonaro em se reeleger também torrou as reservas da Caixa. No último trimestre do ano passado, o índice de liquidez de curto prazo “chegou ao menor nível já registrado pelo banco”.
Em nota, a assessoria da Caixa confirma os números obtidos pelo UOL. O portal tentou entrar o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, que não respondeu.
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