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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Delegada de investigação do caso Brennand aceitou sair com ele e depois recebeu ameaças; Entenda

A delegada responsável por uma das investigações que tiveram como alvo Thiago Brennand teve contato com o suspeito e aceitou ir a um jantar com ele. Após recuar, passou a receber ameaças do homem que foi extraditado e hoje está preso preventivamente sob acusações de crimes como estupro, agressão e cárcere privado. As informações são do Globo.

Dannyella Gomes Pinheiro, da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM Oeste) de São Paulo, instaurou um inquérito em 29 de janeiro de 2021 para investigar suposta agressão de Brennand ao filho menor de idade, que havia relatado à mãe ser vítima de maus tratos, cárcere privado e violência psicológica.

Dannyella detalhou que conheceu Brennand “em 11 de maio, no período da tarde, sendo que os dois conversaram profissionalmente por aproximadamente 20 minutos”. Ela não menciona que havia tomado o depoimento do empresário num inquérito em que ele era investigado.

De acordo com a delegada, naquela data eles trocaram números de telefone e passaram a conversar por mensagens, já à noite. “Marcaram um encontro para o sábado, dia 14 de maio, no período da noite”, disse Dannyella, que continuou a falar com Brennand por mensagens no dia seguinte, quinta-feira.

Mas, na sexta, Dannyella recuou e disse a Brennand “que achava melhor cancelarem o encontro marcado para o dia seguinte”. O empresário então continuou a enviar mensagens à delegada por quatro dias seguidos, algumas delas com ofensas, chegando a citar a existência de suposto “relacionamento” entre eles.

Segundo a delegada, cerca de um mês depois, em 20 de junho, Brennand afirmou que iria à delegacia onde ela trabalha e ameaçou acionar a Corregedoria da Polícia Civil para prejudicá-la caso ela se recusasse a recebê-lo.

Dois dias depois, Dannyella registrou boletim de ocorrência no DHPP, em 22 de junho. Ela, porém, não fez uma representação contra Brennand, o que impossibilitou a abertura de um inquérito contra ele.

“Sou uma vítima como todas as outras do Brennand. Mas comigo ele sabia onde estava pisando, ele puxou o freio de mão. Ele primeiro foi super educado comigo, eu aceitei ir ao jantar, mas logo percebi que não batia comigo. Registrei o boletim de ocorrência para me resguardar, e não representei contra ele porque as importunações pararam”, afirmou ao Globo, garantindo que não voltou a se encontrar com Brennand e que não houve qualquer favorecimento ao investigado.

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