O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu o jogo sobre a possibilidade de ser preso devido aos escândalos recentes os quais ele pode estar envolvido, a exemplo das alterações nos cartões de vacinação realizados pelo ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid, que acabou sendo preso.
Em entrevista a revista Veja, o liberal disse se considerar vítima de perseguição. "O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, nem tinha deixado o prédio da PF ainda e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um esculacho. Todo o meu entorno é monitorado desde 2021. Quebraram os sigilos do coronel Cid para quê? Para chegar a mim", afirmou Jair Bolsonaro.
Segundo ele, no caso da adulteração dos certificados de vacinação, "ao que tudo indica, alguém fez besteira", apesar de afirmar que não está batendo o martelo sobre a questão.
"Da minha parte não tem problema nenhum. Eu não precisava de vacina para entrar nos EUA. A minha filha também não precisava de nada. Estão investigando essas fraudes de 2022, tudo bem. Mas ninguém está investigando aquela outra que aconteceu em 2021. Alguém entrou no sistema usando o endereço 'lula@gmail' para falsificar meu cartão de vacina. O cara pode ser ligado ao PT. Por que não estão investigando? São parciais, na verdade".
Sobre a possibilidade de ser preso, apesar de afirmar que não há motivos para isso, ele fez um paralelo com o que aconteceu recentemente na Bolívia, onde a ex-presidente Jeanine Añez foi presa após Luis Arce, ligado a Evo Morales, assumir o poder no país andino.
"A acusação: atos antidemocráticos (...) Para ter algum motivo que justificasse isso, eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele fez. E eu fiz 0%. Algumas pessoas importantes, não vou dizer os nomes, já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário", disse Jair Bolsonaro.
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