A punição pesada outorgada ao atacante Luis Suárez por morder o italiano Giorgio Chiellini - na vitória por 1 a 0 do Uruguai sobre a Itália, que garantiu a classificação dos sul-americanos para as oitavas de final da Copa do Mundo - não se deu apenas por conta da gravidade e reincidência da infração (foi a terceira vez que o uruguaio mordeu um adversário em campo).
A punição foi pesada (a mais pesada da história das Copas), principalmente porque Suárez em nenhum momento reconheceu e mostrou arrependimento por seu erro. Isso é o que dizem documentos da Fifa, publicados neste sábado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Outro fator que pesou, diz o documento, foi a constatação de que as punições anteriores haviam sido insuficientes. A intenção era que a nova medida fosse "dissuasiva" (aquilo que faz as pessoas mudarem de ideia).
A Fifa no final das contas rejeitou todas as provas apresentadas pelos uruguaios e Suárez foi suspenso por nove jogos, banido do futebol completamente por um período de quatro meses e multado em R$ 247 mil.
Defesa de Suárez
Os documentos cedidos pela Fifa, trazem trechos da defesa de Suárez, na qual o uruguaio de fato nega que tenha mordido Chiellini.
"No momento do impacto, que me fez dobrar os joelhos, perdi meu equilíbrio desabilitando e acabei caindo sobre o oponente. Neste momento acabei batendo minha cara contra a do jogador, deixando um pequeno hematoma e uma forte dor nas peças dentais, que determinou que o juiz parasse o jogo", diz Suárez em sua carta.
"Isso é o que aconteceu e em nenhum caso aconteceu o que se chama de o que se descreve como morder ou tentar morder", completa Suárez.
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