Por: Coluna do Edmiar Lyra
Na reta final do prazo de
filiação, o governador Paulo Câmara viu sua base se manter praticamente
intacta, com quase nenhum nome mudando para partidos da oposição. Este fenômeno
se justifica porque se o governador não é um arrasa-quarteirão, não há um único
nome que empolgue quem está na base migrar para a oposição.
Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo destes três anos e três
meses, o governador Paulo Câmara tem resultados nas contas públicas, e
sobretudo na educação para mostrar ao povo pernambucano. A segurança que é o
seu principal gargalo já dá sinais de melhoras efetivas, e a percepção de
segurança já é melhor entre as pessoas que perceberam a intensificação de ações
visando melhorar o setor.
Por ser uma figura séria, o governador Paulo Câmara goza de credibilidade
perante a sociedade, e isso reverbera no meio político que reconhece não só a
sua seriedade como principalmente o respeito que tem com as pessoas que lidam
com ele. Paulo Câmara não é político profissional, não é sombra do que um dia
foi Eduardo Campos, mas é um governante sensível para os problemas, sabe
reconhecer as dificuldades e trabalha para resolvê-las.
Para facilitar a vida do governador, a oposição hoje representa um
amontoado de projetos individuais que não apresenta nada de novo que faça o
eleitor trocar o atual governador por um nome diferente. Além de ser um
amontoado de projetos individuais, eles são conflitantes. Todos querem ser
líder mas ninguém quer ser liderado, o que naturalmente acaba fragilizando o
conjunto de forças que quer quebrar a hegemonia do PSB.
Se hoje Paulo Câmara ainda tem algum favoritismo, ele se dá sobretudo pela
incompetência de seus adversários do que propriamente pelos feitos do seu
governo. Paulo poderá garantir dezesseis anos de hegemonia para o PSB em outubro
porque a oposição não se entende nem apresenta um projeto que possa entusiasmar
o povo pernambucano a trocar um projeto que tem erros mas é conhecido por um
projeto desconhecido e que pode significar uma situação pior. Na dúvida o
eleitor caminha para ficar com o que ele já conhece.
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