O descaso com animais domésticos sempre foi uma constante no município
de Floresta. A quantidade de cães e gatos que, hoje, vagam pelas ruas da cidade
chega a ser incalculável. Foi promessa de campanha da atual gestão a criação do
Centro Municipal de Zoonoses. Mas, até agora nada foi feito. Não existe
qualquer tipo de serviço de captura ou castração para esses animais. Além deles
não receberem os devidos cuidados, a população fica vulnerável a contrair algum
tipo de zoonose (doença de animais transmissível a humanos).
Diante desta realidade, há quem se comova com a situação de abandono
destes cães. Kallyne Rosa, atualmente desempregada e florestana há 22 anos, é
uma espécie de embaixadora quando se trata do cuidado dos bichos. Por
iniciativa própria, ela já conseguiu consultas gratuitas para os animais
abandonados, faz vaquinhas nas redes sociais para receber doações de
medicamentos e de ração, e, ainda, realiza resgates pessoalmente em locais de
difícil acesso, muitas vezes com a ajuda do marido.
“É lamentável a situação desses animais, não recebemos assistência da
Prefeitura. Foi prometido um Centro de Zoonoses, após um ano e três meses não
tive notícia sobre o assunto e nem se quer foi feito um contato”, afirma Rosa.
Kallyne conta que recebe ajuda de outros voluntários, mas revela que os animais
precisam de mais apoio. “É muito gasto, no momento não estou trabalhando.
Faço o que posso e não tenho vergonha de pedir ajuda. Só as pessoas que nutrem
sentimento por esses animais sabem o porquê da minha luta nisso”, esclarece.
Esta é uma das preocupações do vereador Pedro Henrique Lira (PSD), na
Câmara de Vereadores de Floresta. “Ficamos sensibilizados com a situação destes
cães e vimos o empenho de Kallyne por esta causa. Vamos levar esse assunto para
discussão na plenária e buscar soluções”, afirmou Lira.
Blog: O Povo com a Notícia