Pela primeira vez, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, reconheceu que a Polícia Civil não conseguiu êxito nas investigações relacionadas ao assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, 7, que ocorreu em Petrolina, há seis anos. Em entrevista ao Jornal do Commercio, ele afirmou que a autoria do crime, que chocou o Estado, não foi descoberta – mesmo após oito delegados investigarem o caso emblemático.
“A gente sempre esteve muito atento a este caso da Beatriz, inclusive eu
estive com a mãe dela aqui no Palácio (do Campo das Princesas) e em outras
oportunidades em Petrolina, mais de uma vez. Desde o início, nós solicitamos
uma apuração rigorosa com relação a isso. Infelizmente o trabalho da polícia
não atingiu o êxito que nós gostaríamos de ter atingido, que era justamente
chegar a autoria e a responsabilidade. Mas estamos à disposição como sempre
estivemos”, afirmou Câmara.
A
declaração foi dada em meio à caminhada que os pais de Beatriz, Sandro Romildo
e Lucinha Mota, fazem há 22 dias. Eles saíram de Petrolina, no último dia 05, e
vão chegar, nesta terça-feira (28), no Recife. Haverá um protesto em frente ao
Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. Além de pedir
justiça, os pais de Beatriz querem uma reunião com o governador para insistir o
pedido de federalização do caso. Para eles, diante de denúncias de
irregularidades nas investigações, o ideal é que a Polícia Federal assuma o
caso.
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