O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta terça-feira (14/12) que está “muito preocupado” e rezará para que Jair Bolsonaro não sofra um atentado fatal em 2022.
O general fez
essas afirmações na formatura do Curso de Aperfeiçoamento e Inteligência, para
agentes já em atividade na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo Heleno, é preciso agir para evitar a adoção da
“solução mais rápida: eliminar o presidente da República”.
Na
gravação do discurso, obtida pela coluna, Heleno disse que recorrerá a várias religiões para rezar
pela vida do presidente no ano eleitoral, e que precisa tomar remédios psiquiátricos diariamente — “dois
Lexotan na veia” — para não levar Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica”
contra o STF.
Como chefe do GSI, ministério
lotado no Palácio do Planalto, Heleno comanda a Abin e tem a
obrigação legal de zelar pela segurança do presidente, familiares e ministros
do Planalto. Para isso, o órgão, que é dominado por militares, tem poder de
polícia.
“Tenho uma preocupação muito grande com esse 2022, porque acho também que
uma medida muito simples para mudar, em dez segundos, 20 segundos, totalmente o
panorama brasileiro. Um atentado ao presidente da República bem-sucedido
modifica totalmente a história do Brasil. Tenho plena consciência disso”,
afirmou Heleno na formatura da Abin, ressaltando que os agentes serão
importantes para evitar um eventual atentado.
Em seguida, o general contou que já no mês
que vem, início de 2022, rezará todos os dias em igrejas católicas,
evangélicas, centros espíritas e “tudo o que tiver por aí”. O objetivo da
peregrinação é torcer para que Bolsonaro não seja “eliminado”.
“A partir da virada do ano, vou todo dia à Igreja rezar alguma coisa, vou ao Centro Espírita também, aos evangélicos, tudo o que tiver por aí, torcer para que ninguém adote essa solução como uma solução que é, é a solução mais rápida, mais viável, com mais resultado. É eliminar a figura do presidente da República”.
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