Após a prisão de pelo menos três aliados próximos, como o seu braço direito, o tenente-coronel Mauro Cid, Jair Bolsonaro foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento a respeito da suposta fraude que cometeu em seu cartão de vacinação e no da filha Laura para ingressar nos Estados Unidos.
A Operação Venire, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3), investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Ao longo da manhã de hoje, agentes da PF realizam buscas na casa de Bolsonaro (PL) em um condomínio residencial de Brasília. A previsão é de que o depoimento seja prestado pelo ex-presidente durante a tarde de hoje.
De acordo com a colunista do jornal Folha de São Paulo, Monica Bergamo, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, deu uma orientação especial para o ex-presidente sobre o caso.
Ele afirmou que "Bolsonaro vai exercer o direito de ficar calado". Segundo o advogado, a operação da PF é absurda. Ele reclamou da execução de uma ordem de busca e apreensão na casa dele às 7h e, na sequência, marcar um depoimento para menos de três horas depois, sem que os advogados tenham tido acesso aos autos.
"Eu sou um advogado que raramente orienta um cliente a fazer uso do direito que todos têm ao silêncio", afirma ele. "Mas querer botar calor, não deixar que a defesa conheça os autos antes de a pessoa depor, não nos deixa outra opção", segue.
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