Quatro policiais militares foram considerados réus, na última terça-feira (20), por participação nos crimes da chacina do Curió. Em novembro de 2015, 11 pessoas morreram no total. A Justiça do Ceará precisou de cinco dias para tomar a decisão, de acordo com informações divulgadas pelo portal g1.
Somadas, as penas alcançam 1.103 anos e oito meses. Dessa maneira, a sentença deve ser cumprida a partir deste domingo (25), enquanto que os condenados podem entrar com recurso. A princípio, foram julgados nesta primeira etapa: Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio.
O julgamento aconteceu no Fórum Clóvis Beviláqua, na cidade de Fortaleza (CE). As penas foram estipuladas pelo Colegiado de juízes depois da decisão tomada pelo júri na madrugada deste domingo (25). Em virtude da sentença, os quatro réus perderam o cargo de policial militar e tiveram negado o direito de responder pelas penas em liberdade.
Situado nos Estados Unidos desde 2019, Antônio José de Abreu foi interrogado no julgamento por videochamada. Na oportunidade, ele havia se mudado e desertado da Polícia Militar, ainda conforme a publicação.
Referente à ele, a Justiça comunica a sentença à Polícia Federal para que, através da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o condenado seja preso em solo estrangeiro e extraditado para o Brasil.
Já no que se refere aos quatro agentes condenados, a prisão é provisória com audiência de custódia que será definida posteriormente. No geral, 11 pessoas foram assassinadas por policiais militares no período da noite do dia 11 de novembro até a madrugada do dia 12 de novembro de 2015.
O Ministério Público do Ceará indicou que os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado anteriormente por proteger a mulher em uma tentativa de assalto, ocorrido no bairro Lagoa Redonda.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Instagram clique aqui.
Confira as penas dos policiais militares:
- Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar;
- Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar;
- Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar;
- Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.