A revolta de Flávio José, na festa do "Maior São João do Mundo 2023", em Campina Grande, na Paraíba, ainda rende assunto entre os forrozeiros. Na ocasião, o cantor desabafou em cima do palco ao receber pedido para encerrar o show antes do previsto para dar lugar a Gusttavo Lima.
A situação gerou revolta e críticas de diversos artistas, principalmente do forró, como Adelmario Coelho. Na manhã desta sexta-feira (16), em entrevista ao apresentador José Eduardo, no programa 'Bahia no Ar', da Rádio Metrópole, o forrozeiro comentou o assunto e lamentou o ocorrido.
No bate-papo, Adelmario expôs que a situação sofrida por Flávio José é algo comum nos bastidores. “É triste para caramba. E isso é quase rotina, só que geralmente não chega na mídia. E foi bom para dar uma sacudida e as pessoas terem essa informação. Um cara filho da terra, um dos maiores nomes do forró do Brasil, ter que tocar menos do seu tempo acordado para dar o lugar ao cara que não tem relação nenhuma com o evento. Isso é triste, é doloroso uma coisa dessa”, desabafou o artista.
Uma das referências do gênero, ele destacou não ser contra a presença de outros estilos musicais durante as festas de São João, mas defende que haja um controle. Não é que outros gêneros musicais não possam estar na grade [dos eventos], mas também não pode ter nessa quantidade”, opinou ao lembrar que já presenciou gestores colocarem 80% de atrações que não são do gênero musical tradicional nas festas juninas, sobrando um espaço de 20% para os cantores do forró. "Apenas para dizer que houve presença desses artistas”, acrescentou.
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