O advogado José César Cavalcanti Neto, que foi flagrado por câmeras de segurança de um condomínio agredindo uma mulher dentro do elevador em 28 de setembro, foi preso na madrugada desta terça-feira (17), no bairro do Bessa. De acordo com a delegada Cláudia Germana, o advogado ameaçou duas testemunhas dentro da Delegacia da Mulher, que, segundo a delegada, se configura como um crime de coação no curso do processo.
De acordo com a Polícia Civil, José César Cavalcanti Neto foi preso por volta das 5h40 no bairro do Bessa, no mesmo condomínio onde as agressões foram capturadas por câmeras de segurança em 28 de setembro. Equipes policiais começaram as buscas pelo advogado na segunda-feira (16), passando por alguns endereços, e só o localizaram na madrugada desta terça.
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Segundo a delegada, o advogado foi preso por mandado de prisão e não reagiu à ação policial, sendo levado à Delegacia da Mulher onde será feito o exame do corpo de delito. Logo em seguida, será levado para a carceragem da Central de Polícia de João Pessoa e deve passar por audiência de custódia ainda nesta terça (17).
A delegada Cláudia Germana explicou que, além das agressões físicas capturadas nas imagens do circuito de câmeras de segurança, o advogado teria ameaçado testemunhas dentro da delegacia e esses dois crimes resultaram na prisão do advogado.
“Outras investigações estavam pairando sobre ele, foi tudo juntado em um procedimento criminal. Ameaças [do advogado contra as testemunhas] de que elas não deveriam ter dado início ao procedimento, que houve exposição ao acusado. O procedimento segue em segredo de Justiça, e é um crime que o Código Penal define como coação no curso do processo, um crime de pena alta, inclusive, que pode gerar um mandado de prisão contra ele, e foi isso que ocorreu. Este foi um dos motivos. A agressão e a coação no curso do processo foram os motivos do mandado de prisão”, explicou Cláudia Germana.
Ainda segundo a delegada que investiga o caso, mesmo com a possibilidade de ter uma medida protetiva contra o agressor, a vítima não quis o recurso.
“A vítima não quis medida protetiva, mas pelo fato da ação ser incondicionada, a gente precisa dar andamento às investigações. Sobre o vídeo, ele diz que não há agressões, e ele nega as agressões, mas as imagens falam por si só. Ela nega um pouco os fatos, dizendo que ele estava apenas tentando impedi-la de sair do prédio, mas as imagens falam por si só e a investigação tem que continuar”, disse a delegada. (Via: G1 PB) - Matéria relacionada, clique aqui.
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