No primeiro semestre deste ano, o Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) viabilizou R$ 13,4 bilhões em
operações de crédito para empreendedores e produtores do semiárido. O recurso é
gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e a operacionalização do FNE
é realizada pelo Banco do Nordeste (BNB).
Nesta sexta-feira (19), em Fortaleza
(CE), o ministro Gustavo Canuto destacou a importância da parceria com a
instituição, que atua para aplicar os investimentos de forma eficiente. Os
financiamentos já asseguraram cerca de 590 mil empregos na região neste
semestre. Até o final do ano, mais R$ 14 bilhões poderão ser injetados na
economia dos nove estados nordestinos e no norte de Minas Gerais e do Espírito
Santo.
“A
região Nordeste tem o privilégio de contar com este órgão, que tanto contribuiu
para o desenvolvimento da região ao longo desses 67 anos. Não é à toa que o BNB
é reconhecido como um dos maiores órgãos da América Latina em atuação na área
de desenvolvimento regional. Por meio do FNE, tem operado com excelência e
atingido resultados satisfatórios ao longo dos anos. E tenho certeza que 2019
não será diferente, como provam os números alcançados até aqui”, afirmou o
ministro, durante abertura do XXV Fórum do Banco do Nordeste.
Avanços Econômicos
Os R$
13,4 bilhões já contratados por meio de 250 mil operações financeiras
representam um crescimento de 9% na comparação com o primeiro semestre do ano
anterior, quando o volume alcançou R$ 12,3 bilhões. Ao todo, o FNE programou R$
27,7 bilhões para este ano.
Do
total já contratado, R$ 5,77 bilhões foram destinados a empreendimentos na área
de infraestrutura em nove dos 11 estados que compõem a área de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) – apenas Alagoas e
Maranhão não captaram recursos para este tipo de projeto. Cerca de 70% desse
valor foi destinado a plantas de geração de energia elétrica por fontes
renováveis.
Outro
aspecto positivo foi o aumento da quantidade de recursos disponibilizada para
microrregiões consideradas prioritárias no semiárido. Os financiamentos
destinados a projetos nos municípios com menor renda alcançaram R$ 10,7
bilhões, o equivalente a 80% do total do FNE. A programação inicial do Fundo
estipulava esse valor em 70%.
Segundo
o ministro Gustavo Canuto, esse movimento impacta na geração de oportunidades e
de empregos para áreas menos desenvolvidas. “Essas operações de crédito levam
desenvolvimento para regiões com menos oportunidades e os investimentos
retornam à população na forma de postos de trabalho para o País. Mudar a
realidade atual do Brasil com responsabilidade é um dos compromissos do
presidente Jair Bolsonaro”, disse.
“O
Nordeste é uma região extremamente rica e nosso objetivo é explorar as
potencialidades locais para que a geração de riqueza permaneça aqui, criando
atrativos para a sociedade. Assim, as famílias não precisarão migrar para
outras cidades em busca de melhores serviços ou melhores condições de vida”,
acrescentou.
Política Regional
Um
dos alicerces para o crescimento econômico e social da região é o Plano
Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O documento foi aprovado pelo
Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene) em maio.
O Plano
tem como aposta estratégica o fortalecimento das redes de cidades
intermediárias. Foram identificados 41 municípios nos 11 estados da área de
abrangência da Sudene – os nove do Nordeste, mais Espírito Santo e Minas
Gerais. A ideia é investir nas cidades polo identificadas para que as áreas de
influência possam crescer economicamente. A população desses centros urbanos
abrange mais de 6,7 milhões de habitantes.
O
documento está alinhado à nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional
(PNDR), que tem por objetivo fortalecer a capacidade produtiva em áreas menos
desenvolvidas do País – especialmente as regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Para tanto, serão feitos esforços para estimular a diversificação
econômica, os ganhos de competitividade e o aumento da eficiência nos
investimentos públicos.
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