Com necrotério lotado, caminhões transportam caixões de Bergamo para
crematórios de outras cidades
Uma
imagem impressionante vinda da Itália mostra a seriedade da ameaça do coronavírus: uma longa coluna de caminhões militares carregados com
caixões que passou por Borgo Pallazzo, distrito de Bergamo, na noite desta
quarta-feira.
Devido ao alto número de mortos,
o necrotério na província de Bergamo, a mais afetada na Itália, não consegue
mais acomodar o volume de caixões. O único crematório local está ativo 24 horas
por dia há mais uma semana, mas, em sua máxima capacidade, consegue incinerar
cerca de 25 corpos por dia, e também não consegue dar conta da demanda.
Nesta semana, o prefeito da cidade, Giorgio Gori, emitiu uma ordenança que
fechou o cemitério local esta semana pela primeira vez desde a Segunda Guerra
Mundial.
Desde
terça-feira, a solução para lidar com a emergência tem sido o uso de veículos
militares. As vítimas de coronavírus são transportadas para crematórios de
outras regiões onde existem municípios que se disponibilizaram para aceitá-los.
Nesta
quarta-feira, de acordo com dados oficiais, 93 foram mortos: mas, segundo o
prefeito de Bergamo, Giorgio Gori, a contagem é muito mais alta, porque
muitas pessoas morreram com sintomas compatíveis com as do Covid-19, mas antes
que testes fossem feitos sobre eles.
Não
se sabe quantos caixões os caminhões transportavam, mas a imprensa local falou
em cerca de 60.
Agências funerárias não também
conseguiam mais gerenciar o serviço: algumas estão fechadas porque os
funcionários estão doentes. O município começou a prestar serviço para atender
as vítimas.
Com a população mais velha da Europa, a Itália, epicentro da pandemia no
continente, a Itália registrou, nesta quarta-feira, 475 mortes em 24 horas, o
número mais alto em um país até agora. O total de óbitos na Itália é de 2.978.
Bergamo também suspendeu o atendimento
religioso aos infectados após perder 12 padres de 1º de março
até esta quarta-feira. (Via: O Globo)
Blog: O Povo com a Notícia
