A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quarta-feira (28), reafirma, por mais uma semana, tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS.
Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos. A
positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece
alta.
A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos
é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa
circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e
sobre o número de mortes.
“É importante salientar que os números de casos (média de
46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em
patamar muito elevado”, afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19.
A análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas
Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo
caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de Covid-19
frente à redução da demanda.
Dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se
encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e
65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja,
a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em
torno de 2,5%.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o país vacinou mais de
59,6% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e cerca de 23% com
o esquema completo de imunização.
As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas
completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas
aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta.
Os cientistas do Observatório, no entanto, destacam que a
proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é
muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo.
“Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda
vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas
graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos”,
alertam.
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