Um adolescente foi apreendido após o roubo de um carro que ocorreu no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife. O crime, confirmado pela Polícia Militar (PM) nesta quarta (29), ocorreu na segunda (27), véspera do aniversário de 18 anos do jovem. Ele foi detido após uma perseguição policial que terminou na colisão do veículo roubado com um poste.
O roubo do carro ocorreu na Rua Professor José Vicente e, de acordo com a vítima, três pessoas praticaram o crime. A PM apreendeu armas, munições e fardas e distintivos da Polícia Civil dentro do veículo roubado e informou que esses objetos seriam utilizados para cometer crimes. Outros dois suspeitos conseguiram fugir.
O jovem apreendido completou 18 anos na terça-feira (28), dia seguinte ao crime. Por isso, é tratado pela polícia como adolescente. De acordo com a Polícia Militar, a captura foi feita pela Patrulha Escolar, que foi acionada pela vítima do roubo do carro.
Os policiais militares saíram em busca do veículo e, ao se aproximar do carro, os suspeitos tentaram fugir, dando início a uma perseguição policial que só terminou quando o automóvel bateu em um poste. Dois homens saíram correndo e escaparam da polícia, mas o adolescente foi capturado.
Quando desceu do veículo, ele estava com um revólver calibre 38 na mão, carregado com seis munições, segundo a PM, que informou também que, nos bolsos do jovem, foram encontradas mais seis munições.
Dentro do veículo roubado, havia quatro camisas pretas com o brasão da Polícia Civil, quatro bonés e uma capa de colete com a identificação da corporação. Além disso, havia quatro distintivos com o brasão da Polícia Civil, sendo dois deles de agente e dois de comissário.
Os policiais também encontraram um alicate de corte e as chaves de outro veículo, clonado, abandonado pelos suspeitos, além de uma pistola calibre 380, com dois carregadores e 18 munições do mesmo calibre.
O adolescente foi levado ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), que fica no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife, juntamente com a mãe dele e a vítima do crime.
Ainda de acordo com o G1, após ser autuado por roubo de veículo, ele foi encaminhado a uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
Cobrança
Esse caso ocorreu sete dias após um falso policial militar ser preso praticando crimes de extorsão, também com uniformes e distintivos falsos.
O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) cobrou do governo um controle maior da produção e da comercialização de fardas das polícias pernambucanas, pois disse que é um perigo essas vestimentas serem vendidas livremente.
"O Sinpol ratifica sua preocupação com essa falta de fiscalização da própria SDS com essas empresas que vendem esse material. Não sabemos se há um critério para a venda desse material. Por exemplo, se o policial que chega nessas lojas para comprar essas vestimentas, se eles exigem sua identificação, ou se preenche algum formulário ou deixa sua matrícula para que a loja tenha um controle de quem está adquirindo esse material", afirmou o sindicato, em nota.