A Petrobras anunciou que fará um anúncio sobre novo reajuste dos preços dos combustíveis nesta sexta-feira (17). O argumento da diretoria é o de que os preços estão muito defasados em relação ao mercado internacional e não é mais possível esperar. A estatal vem ressaltando risco de faltar diesel no segundo semestre.
A última vez que o litro da gasolina foi reajustado nas refinarias foi em 11 de março, em 18,7%, passando de R$ 3,25 para R$ 3,86 nas refinarias. Se confirmada hoje, será a primeira alta em mais de três meses. Já o diesel está congelado desde 10 de maio, quando o custo para as distribuidoras passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro.
A possibilidade de novo reajuste ocorre logo após toda a polêmica envolvendo a aprovação do PLP 18, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Único senador baiano a votar contra o PLP 18, Jaques Wagner (PT) disse que a proposta do presidente Jair Bolsonaro é demagogia para enganar o povo. “Não vai abaixar gasolina nenhuma. Não tem tabelamento de preço no Brasil. Esse projeto é uma demagogia para enganar o povo. O presidente da República precisa ter compostura e ao invés de ficar fazendo a Petrobras ter um lucro seis vezes superior às outras petroleiras do mundo, deveria fazer uma política que interesse à sociedade brasileira”, disse.
A decisão da estatal contraria os interesses eleitorais do presidente Jair Bolsonaro, que já determinou a troca do comando da Petrobras e vem pressionando a empresa para não reajustar diesel e gasolina enquanto costura no Congresso um pacote de medidas para desonerar os combustíveis, particularmente diesel e gás de cozinha, cuja disparada alimenta a inflação e pesa mais contra sua popularidade no ano em que busca a reeleição.
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