Depois de um período de queda, a pandemia de Covid-19 volta a dar sinais de agravamento, mesmo que ainda distante daquele grau de severidade verificado na última onda de transmissão, no começo deste ano. A reportagem é de Artur Ferraz/Folha de Pernambuco.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou, nesta
segunda-feira (13), os dados de um novo estudo de sequenciamento genético feito
em parceria com o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE), que identificou a
circulação de mais uma subvariante da ômicron: a BA.4.
Além disso, no Recife, o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) tem registrado um aumento nos chamados de pacientes com
sintomas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Encontrada pela primeira vez em Pernambuco, a BA.4 se junta a
outras duas subvariantes já detectadas no Estado, a BA.2 e a BA.1 – a última
delas responsável pelo surto mais recente no Brasil.
De acordo com a SES-PE, das 101 amostras positivas para
Covid-19 analisadas, nove foram identificadas como pertencentes à BA.4. Foram
cinco mulheres e quatro homens, dentre 22 e 74 anos, que tiveram as coletas
extraídas no período de 16 a 23 de maio.
Sete deles moram no Recife e os outros dois, em Paulista e
Jaboatão dos Guararapes. Oito foram assintomáticos e um teve sintomas leves.
Nenhum desenvolveu quadro de maior gravidade.
Outro dado que chama atenção foi o fato de que a maior parte
dos pacientes não tinha concluído a vacinação contra a Covid-19. Das nove
amostras, seis eram de pessoas sem o esquema completo. Três não estavam
imunizadas, duas não tinham recebido a terceira dose e uma só tinha registro da
primeira aplicação.
A identificação de uma nova subvariante em meio ao aumento do
número de casos de Covid-19 em Pernambuco reacende o alerta para que as pessoas
completem o esquema de vacinação, que tem tido um avanço mais lento na procura
pelas doses de reforço. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a taxa
de cobertura da terceira dose, ou primeira de reforço, está em 49,62%. Já a da
quarta dose, que, por enquanto, está disponível apenas para a população com 50
anos ou mais, é de 23,5%.
No boletim desta segunda (13), o secretário estadual de
Saúde, André Longo, informou que as subvariantes BA.4 e BA.5 – que, até o
momento, não foi detectada por aqui – circulam em outros estados.
“A confirmação da BA.4 nosso território ratifica a
necessidade da população tomar as doses de reforço, de acordo com o público
elegível para cada reforço. Estas doses proporcionam o aumento da quantidade de
anticorpos no organismo, ampliando a proteção e reduzindo a chance de infecção
ou reinfecção, assim como formas graves da doença e óbitos”, afirmou.
De acordo com a secretaria, o Estado recebeu ontem mais duas
remessas de vacinas contra a Covid-19. No total, foram 260 mil imunizantes: 100
mil da Pfizer pediátrica e 160 mil da AstraZeneca/Oxford.
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