Um grupo de cientistas internacionais levantou uma discussão que fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidir que vai mudar o nome do vírus da varíola do macaco. Eles apontam uma natureza “discriminatória” dos nomes das cepas do vírus. A monkeypox foi nomeada antes da Organização criar diretrizes que recomendam a não utilização de regiões geográficas ou nomes de animais para enfermidades ou vírus, com o intuito de minimizar o impacto negativo.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, anunciou na terça-feira (14) que a organização está “trabalhando com parceiros e especialistas de todo o mundo para mudar o nome do vírus da varíola dos macacos, seus subtipos e a doença que causa” e que anunciará os novos nomes o mais rápido possível.’ Atualmente a Organização lista duas cepas distintas de varíola do macaco em seu site: a cepa da África Central (Bacia do Congo) e cepa da África Ocidental.
Em seu artigo, os cientistas argumentaram que referenciar o vírus como “africano” é “não apenas impreciso, mas também discriminatório”. Eles levantaram preocupações sobre uma “narrativa crescente na mídia” de que o atual surto está ligado à África usando esses nomes.
Em seu artigo, os cientistas argumentaram que referenciar o vírus como “africano” é “não apenas impreciso, mas também discriminatório”. Eles levantaram preocupações sobre uma “narrativa crescente na mídia” de que o atual surto está ligado à África usando esses nomes.
Vale lembrar que apesar do nome, os macacos podem não ser os culpados pelos surtos, pois o nome surgiu com eles sendo vítimas do vírus, que foi descoberto em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em macacos de laboratório mantidos para pesquisa.
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