Após André Janones (Avante), outro candidato à Presidência da República deixou a corrida ao Palácio do Planalto: Pablo Marçal, do Pros.
A decisão, contudo, não foi tomada por ele, e sim pela nova direção do partido, que é ligada ao ex-presidente Lula (PT) e é comandada por Eurípedes Júnior, fundador do partido.
Além dele, segundo o UOL, outros integrantes dessa ala já haviam manifestado apoio à candidatura petista, mas uma disputa judicial fez com que o comando da sigla fosse alternado nos últimos dias entre o grupo ligado a Lula e o que defende candidatura própria, comandado por Marcus Holanda.
Na ata da convenção da legenda, realizada na última sexta-feira (5), a retirada de candidatura do coach foi aprovada por unanimidade.
Marçal ainda não se manifestou sobre o assunto nas suas redes sociais. Porém, na última quarta-feira (3), ele havia dito que acionaria a Justiça para manter a candidatura em meio à tentativa de parte da sigla de apoiar o ex-presidente Lula.
Oficialização
No dia 31 de julho, o Pros oficializou a candidatura do empresário e influenciador digital Pablo Marçal à Presidência.
A confirmação do nome de Marçal, que destacou que é cristão, ocorreu em meio a hinos de louvor; discursos de membros da diretoria nacional do Pros e gritos de "eu acredito".
"As polarizações nunca vão acabar. Elas têm que ser perfuradas", disse Marçal sobre uma de suas motivações para ingressar na política.
Classificando a si próprio como "o candidato de terceira via que ninguém tem a coragem de assumir", Marçal diz já ter um plano de governo com 90 diretrizes.
Entre suas prioridades está a mudança das regras tributárias e eleitorais. "Não se faz uma reforma tributária se não fizer uma eleitoral primeiro", comentou Marçal, prometendo que, se eleito, estimulará as empresas e as exportações brasileiras.
O evento serviu também para que o partido pedisse que as pessoas votem também nos candidatos a cargos proporcionais da legenda - que, pela primeira vez, tenta chegar à presidência da República.
Em todo o país, mais de 1,5 mil filiados ao Pros disputarão os votos dos eleitores brasileiros nas próximas eleições, em 2 de outubro.
"Temos que focar absolutamente nas empresas, pois são elas que geram empregos, não [o setor] político", ponderou Marçal na ocasião, antes de se posicionar favoravelmente à "desestatização" da Petrobras e da Eletrobras.
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