Equipes de investigadores da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) seguem no encalço do ex-bombeiro Marco Antônio Leal da Silva (foto em destaque), de 55 anos. Ele é acusado de atirar em um funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, neste sábado (27/8), após uma confusão envolvendo o candidato a deputado distrital Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Marco Antônio fugiu o local após abrir fogo e atingir o rosto do churrasqueiro Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos. O autor do disparo vivia em uma casa, também na Vila Planalto. Policiais civis estiveram no local, mas Leal já havia deixado a região. O ex-bombeiro estaria esperando passar a situação flagrancial para se apresentar espontaneamente às autoridades.
A coluna apurou que Leal havia sido expulso da corporação por homicídio. Marco Antônio foi bombeiro por 18 anos, o crime teria acontecido em 23 de abril de 2002, quando ele tinha 34 anos. O então bombeiro passou por auditoria militar que o expulsou do Corpo de Bombeiros.
Após ser atingido, Raimundo Eduardo foi levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Na unidade de saúde, ele está consciente e orientado. Segundo um funcionário do restaurante que acompanhou a vítima ao hospital, Raimundo passou por uma tomografia, que mostrou onde a bala está alojada.
O tiro entrou próximo à boca de Raimundo e o projétil está fincado abaixo do olho. “O bombeiro falou para agradecer a Deus, porque se fosse do olho para cima não tinha jeito: ou era morte ou era sequela”, disse o colega de trabalho da vítima.
Briga
Segundo testemunhas que estavam no local, Rubão distribuía flyers de campanha com som do carro ligado nas alturas. Moradores da Vila Planalto e clientes da churrascaria teriam passado a reclamar do barulho. O funcionário da churrascaria se dirigiu ao candidato, pedindo que ele abaixasse o volume. A partir de então, iniciou-se uma briga e o agressor foi ao carro, pegou uma pistola e efetuou um disparo, no rosto do jovem.
Ao Metrópoles o candidato do PTB à Câmara Legislativa do DF se pronunciou e disse que lamenta o ocorrido. “Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.
Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção, e novamente desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por 5 jovens, em legítima defesa de terceiros efetuou o disparo”, defendeu-se. (Via: Na Mira - Matrópoles)
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