Os policiais civis de Pernambuco decidiram, em assembleia nesta terça-feira (27), deflagrar uma operação-padrão. E também há uma promessa de não participarem mais, a partir de outubro, do Programa de Jornadas Extras (PJEs), o que, na prática, significa que a categoria não fará hora extra. A decisão, segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), foi tomada após uma negociação marcada com representantes da Secretaria Estadual de Administração ser adiada, sem aviso prévio, após a categoria esperar por mais de duas horas.
“A reunião estava marcada para discutir nossa pauta.
Tratam-se de dois eixos: um sobre a organização e atribuição dos policiais
civis e outro sobre o reajuste salarial. Como não houve reunião, fizemos a
assembleia e decidimos pela operação-padrão. Desta forma, o policial civil seu
trabalho observando estritamente o que a lei prevê. Muitas vezes, o policial
civil faz atribuições de delegados, por exemplo, o que pode levar à punição e o
policial nem ganha a mais por isso”, disse Rafael Cavalcanti, presidente do
Sinpol-PE, “A gente vê o Estado fazer propaganda de redução de homicídios, de
aumento do número de armas apreendidas, mas o policial civil não está sendo
valorizado. Temos um dos piores salários do País”, completou.
Em nota à imprensa, o Sinpol-PE destacou que “os policiais
civis produziram muito, mesmo durante a pandemia, porém não tem o seu trabalho
reconhecido, mesmo quando o Estado apresenta um caixa cheio, com capacidade
financeira de sobra para atender os pleitos da categoria. O Sinpol não aceitará
a forma desrespeitosa de tratamento com a categoria por parte do governo do
Estado, nem a falta de reconhecimento e de valorização funcional e salarial,
PPIs, além de tudo, os policiais civis já trabalham sem condições estruturais,
funcionais e salariais mínimas para exercerem o seu trabalho”.
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