"Vivemos momentos difíceis no mundo. Uma inflação, aumento de preços, que atinge o mundo todo. Como a imprensa está anunciando que o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600. Só aqui na Paraíba mais de R$ 1,5 milhão recebem o Auxílio Brasil", disse o presidente, sem cravar o reajuste no valor do programa social.
Segundo apuração da colunista do UOL Carla Araújo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, bateu o martelo quanto à ampliação do auxílio em R$ 200, para R$ 600 por mês. No governo, o cálculo é de que o reajuste do benefício teria um custo de R$ 22 bilhões para o Tesouro.
Os recursos, conforme uma fonte ouvida pela coluna, serão cobertos por dividendos extraordinários a serem recebidos pela União este ano -ou seja, dividendos pagos por estatais acima do que estava previsto no Orçamento.
Na sequência, ainda durante a cerimônia, Bolsonaro também traçou comparação com o extinto Bolsa Família. "E, diferentemente, do Bolsa Família... lá atrás, com o Bolsa Família, quem fosse trabalhar perdia o benefício. Com o Auxílio Brasil pode trabalhar, que não vai perder", afirmou Bolsonaro.
A história, no entanto, não é bem assim: o benefício continua por dois anos, mas não indefinidamente. E também depende do salário que o trabalhador recebe.
No caso do Auxílio Brasil, a regra de emancipação dá aos beneficiários a possibilidade de permanecerem no programa desde que a renda familiar mensal por pessoa não supere R$ 525 -duas vezes e meia o valor que limita a linha da pobreza (R$ 210). Essa possibilidade é válida tanto para contratados com carteira assinada quanto para autônomos.