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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Tiago Leifert diz que Lula não dá, Bolsonaro foi muito mal e que votaria em Huck

O apresentador Tiago Leifert, que comandou o BBB e o programa dominical da Globo antes de sair da emissora, foi ao podcast do comentarista e amigo Rica Perrone, o "Cara a Tapa", e comentou sobre política, imprensa e sua visão do cenário político do Brasil às vésperas da eleição presidencial.

"Todo mundo que xinga o eleitor do Bolsonaro de idiota, escroto, não sei o que, está ajudando a elegê-lo. Talvez eles não percebam", disse Leifert, afirmando ainda que há "milhões e milhões de brasileiros quietos", que estariam fora das redes sociais, e cujas opiniões só serão expostas nas eleições de outubro.

Relembrando a sua trajetória como jornalista na TV Globo, disse que a maioria dos profissionais do veículo seria de esquerda, e que "há um viés claríssimo" na cobertura dos veículos. "Se vai manipular ou não eu não sei, porque confio na inteligência das pessoas", diz o jornalista que vai se dedicar agora ao YouTube. "O pessoal de humanas é de esquerda". Mais adiante, perto do final do programa, diz gostar do jornalista Caio Coppolla, de viés conservador. "Acho muito corajoso, não concordo com tudo que ele fala".

Depois, no programa, Perrone colocou os rostos de Lula e de Bolsonaro numa tela, para que Leifert escolhesse entre os dois. "Tiago Leifert, você tem uma arma na sua cabeça, e você vai ter que escolher entre os dois", disse o anfitrião do programa. "Pode atirar", respondeu Leifert. "Para mim não dá, nenhum dos dois".

Aí, repetiu que acha que há muitas pessoas caladas e diz não achar que "as pesquisas [eleitorais] estejam no caminho certo", referindo-se à liderança de Lula em levantamentos como o recente do Datafolha, em que o ex-presidente abriu 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro e manteve a liderança na disputa presidencial com 48% das intenções de voto no primeiro turno, ante 27% do principal adversário.

Pesquisas eleitorais como as do Datafolha aplicam conceitos e técnicas baseados na Teoria da Amostragem. As amostras são representativas da população estudada –neste caso o eleitorado brasileiro com 16 anos ou mais– e selecionadas através de critérios estatísticos, tendo como base fontes oficiais, como IBGE e TSE. O desenho da amostra é obtido a partir de diversos estágios, e a eficácia da metodologia utilizada é comprovada pelo histórico de desempenho do instituto.

Enquanto isso, Leifert diz nem ter certeza se Lula e Bolsonaro se enfrentam num segundo turno. "Tá muito cedo". Apontando para Bolsonaro disse que ele "foi muito mal", e, ao apontar para Lula resumiu: "não dá". "Fez um bom governo em 2002, entendo a figura que ele é, a importância que ele tem para algumas pessoas, mas eu não consigo fazer o malabarismo mental necessário para esquecer tudo que aconteceu nos últimos anos".

Sobre o apresentador Luciano Huck, que classificou como uma pessoa nota 10, um "gênio". "Votaria nele para presidente", diz, respondendo a Perrone. O global que hoje conduz o Domingão era cotado como candidato à presidência, mas afastou essa possibilidade ainda em junho do ano passado. "Votaria porque sei da índole dele, sei do que ele é capaz de fazer. Eu conheço ele, a família dele, converso com ele". Disse ainda que, sabendo da mansão e das posses milionárias do apresentador, se ele de fato se candidatasse à presidência, seria "porque ele quer ajudar".

Nisso, aproveitou para dar nota zero ao ex-secretário especial de Cultura Mario Frias. "Parem de governar no Twitter, vai trabalhar, galera", pediu.

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