Uma nova pesquisa do Datafolha levantou dados sobre ameaças políticas e receios tantos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dois líderes nas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República.
A pesquisa foi feita com 2.556 pessoas acima de 16 anos em 183 cidades de todo o país nos dias 27 e 28 de julho. Ela foi contratada pela Folha e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01192/2022.
A margem de erro total é de dois pontos percentuais. É importante ponderar, porém, que ela aumenta quando se considera apenas os que votarão em cada pré-candidato: é de três pontos entre eleitores de Lula, quatro em Bolsonaro e sete em Ciro Gomes (PDT), sempre na pesquisa estimulada.
Os eleitores que pretendem votar em Lula dizem sofrer mais ameaças por suas posições políticas e, em sua maioria, acreditam que Bolsonaro tentará dar um golpe de Estado antes do pleito de outubro.
Os apoiadores do petista têm uma visão mais positiva do STF (Supremo Tribunal Federal), mas seguem a média geral quanto à avaliação do Congresso Nacional. Eles também afirmam ser menos presentes e engajados nas redes sociais do que os bolsonaristas.
Quase 1 em cada 5 petistas diz ter sido ameaçado verbalmente nos últimos meses por suas posições políticas (19%). Entre os apoiadores de Bolsonaro, o índice é de 12%, portanto no limite das margens de erro. Já as ameaças físicas foram relatadas por 9% dos lulistas e 5% dos bolsonaristas.
Os que pretendem votar no petista também ficam próximos da média quando perguntados se lembram em quem votaram para senador (15% lembram) e deputado federal (18%) em 2018 e se acompanham o trabalho desses congressistas até hoje (63% e 64% acompanham).
Elas também se dizem menos engajadas —só 25% seguem os perfis do ex-presidente, contra 38% do atual presidente. É mais comum que elas deixem de publicar ou compartilhar algo sobre política para evitar discussões com amigos ou familiares (44%, contra 35% de Bolsonaro).
Quase metade dos que o apoiam (45%) afirma que a quantidade de comida em casa foi insuficiente recentemente, contra 33% da média geral. Entre seus eleitores, 28% recebem Auxílio Brasil, 65% acham que o novo valor de R$ 600 é insuficiente, e 80% acreditam que os novos benefícios dados por Bolsonaro só buscam votos. (Via: Folhapress)
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