O governo Lula liberou nesta segunda-feira (27) a viagem de três seguranças aos Estados Unidos para acompanharem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em agendas dele no país. A liberação foi publicada no Diário Oficial pelo período de 27 de fevereiro a 15 de março. Eles prestarão segurança e assessoria a Bolsonaro.
Os seguranças acompanharão Bolsonaro em agendas nas cidades de Orlando, na Flórida, e em Washington. Na capital dos EUA, ele participará de evento com o ex-presidente Donald Trump.
Ex-presidentes têm direito a uma equipe quando deixam o poder. Bolsonaro está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro.
Bolsonaro participará da CPAC (sigla para Conferência de Ação Política Conservadora), evento que ocorrerá entre os dias 1 e 4 de março em Washington.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um de seus filhos, também estará na conferência, além de Trump. Os ingressos custam US$ 295 (cerca de R$ 1.536), mas podem chegar a US$ 30 mil (R$ 156 mil) para tirar fotos com os palestrantes, por exemplo.
Dois dos agentes liberados já tinham acompanhado Bolsonaro em um evento no fim de janeiro em Orlando: Osmar Crivellati e Ricardo Dias dos Santos. Já Jossandro da Silva foi um dos dispensados pelo governo petista do GSI (Gabinete Institucional de Segurança).
Data de retorno incerta. Bolsonaro disse ao jornal americano The Wall Street Journal que deve retornar ao Brasil em março. Entre aliados, existe expectativa de que ele aguarde a emissão do visto nos EUA para então definir quando deixar o país.
Aparições públicas que Bolsonaro está fazendo nos EUA têm irritado um grupo de aliados e são consideradas "irrelevantes" e "menores". Um grupo, em especial políticos do PL, atua fortemente para que o ex-presidente volte ao Brasil.
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