Ao que tudo indica o discurso de “resgatar a credibilidade e a neutralidade político-partidária” usada pelo novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, não será fácil de ser colocado em prática.
Segundo informações do O Globo, Eduardo Appio, "adotou uma identificação eletrônica alusiva à campanha de Lula no sistema processual da Justiça, o e-proc. No ambiente virtual, os magistrados devem adotar uma sigla como assinatura, quase sempre com três letras e dois números. Nele, o juiz assinava como “LUL22” até assumir o comando da Lava-Jato".
Crítico da atuação de Sergio Moro e Deltan Dallagnol na força-tarefa da Lava-Jato, o novo juiz teria assinado como “LUL22” entre 2021 e o início deste ano, quando integrava a 2ª Turma Recursal da Justiça Federal do Paraná. Ao assumir a Lava Jato, o magistrado passou a usar a sigla “EDF23”, em referência ao seu nome, Eduardo Fernando, e o ano atual.
Questionado pelo O Globo por ter usado uma senha lulista no sistema judicial, Appio disse que nunca foi ligado a nenhum partido e justificou o uso da sigla como “segurança cibernética”.
Appio comanda a 13ª Vara Federal de Curitiba, ponto de origem da Operação Lava Jato, desde o início de fevereiro. Membro da Justiça Federal há mais de duas décadas, o magistrado chegou ao comando com o objetivo de pôr fim à espetacularização. “A Lava Jato não morreu e não vai morrer pela simples razão que nós temos um volume muito grande de processos em trâmite e outros tantos que foram remetidos às justiças eleitorais”, comentou Appio, em entrevista ao portal G1.
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