A Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação dos Yanomami, no Senado, escolheu como presidente um parlamentar envolvido em uma recente polêmica.
Em outubro de 2020, o senador Chico Rodrigues, à época no extinto Democratas, foi alvo da Operação Desvid-19, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e que apurava o desvio de recursos destinados ao combate da Covid-19 em Roraima.
A casa do parlamentar, que fica na capital, Boa Vista, foi um dos lugares onde a Polícia Federal (PF). Na ocasião, Rodrigues era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro (PL) na Casa. No local, foram apreendidos R$ 30 mil.
Porém, parte da quantia foi encontrada em um lugar inusitado: nas nádegas do senador. Agora no PSB, Chico Rodrigues havia ganhado os os holofotes por empregar Léo Índio - amigo pessoal do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) - em seu gabinete.
Na quarta-feira (15), de acordo com o G1, ele foi eleito como presidente da Comissão que vai acompanhar, no Senado, a situação da tribo indígena que vem passando por uma grave crise sanitária e humanitária.
Além dele, de acordo com o G1, Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos), ambos senadores por Roraima, Elizane Gama (PSD), do Maranhão e Humberto Costa (PT) de Pernambuco também integram a comissão. O grupo deve acompanhar in loco a saída dos garimpeiros das terras Yanomami no prazo de 120 dias.
Em 2022, Chico integrou a Comissão que apurava violências contra indígenas praticadas por garimpeiros na Terra Yanomami. O parlamentar chegou a declarar ser favorável ao garimpo e da legalização da atividade em terras indígenas.
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