De acordo com documentos da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) soube da fome do povo Yanomami e cortou a doação de alimentos.
Segundo o UOL, os documentos foram enviados entre junho de 2021 e março de 2022 aos Ministérios da Justiça e Cidadania e comprovam que foram feitos pelo menos três pedidos alertando a situação nutricional dos indígenas:
"Diante da situação atual do quadro de déficit nutricional demonstrado no relatório suprcitado, ressalta-se a importância de manutenção das ações de Distribuição de Alimentos, com o objetivo de minimizar emergencialmente as situações de vulnerabilidade alimentar da população indígena yanomami".
O Sesai informou que outro órgão, o Dsei (Distrito Sanitário Indígena Especial) Yanomami foi foi escolhido pela ADA (Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais) em 2017 após decisão do TCU (Tribunal de Contas da União).
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que a crise humanitária que atingiu os yanomami era uma "farsa da esquerda" e chegou a compartilhar um texto do Ministério da Saúde, da época da sua gestão, entitulado "Assistência à população indígena foi uma das prioridades durante a pandemia de Covid-19; conheça as ações".
A Polícia Federal (PF) a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) está investigando se houve genocício contra os indígenas yanomami.
Dentre os pontos da investigação está a possível omissão de agentes públicos e financiadores do garimpo ilegal nas terras indígenas.
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