Um tenente da Polícia Militar que matou a tiros um promotor de vendas em Alagoinhas, em 2014, após ser questionado pela vítima por pegar um petisco em uma mesa de um restaurante sem permissão, foi julgado pelo crime e condenado a 17 anos de prisão. Marcelo Andrade Souza sentou no banco dos réus nesta quinta-feira (15), no Fórum Ezequiel Pondé.
De acordo com testemunhas do caso, o tenente estava sem farda quando chegou à mesa de um grupo de pessoas que estava comemorando o aniversário de uma criança. Sem a permissão dos desconhecidos, o PM pegou um petisco e foi questionado pelo promotor de vendas Hebert Menezes de Amorim Neto, que era um dos convidados da festa.
Em seguida, o militar sacou uma arma e disparou em direção à vítima, que morreu na hora. Mesmo depois de ser contido por outras pessoas, Marcelo continuou atirando e ferindo outros três frequentadores do estabelecimento.
Durante o julgamento, o tenente alegou legítima defesa, mas foi condenado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O julgamento já havia sido cancelado três vezes e a defesa do réu pediu mais uma suspensão com a justificativa de que duas das cinco testemunhas do crime não estavam presentes no fórum. O pedido foi negado.
“Estamos tentando nos reerguer e seguir em frente, mas é muito difícil, principalmente para o meu filho, que na época era um bebê e tinha seis meses", disse Vânia Brito Schramm, víuva de Herbert, em entrevista à TV Subaé.
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