Nota técnica do Ministério da Saúde orienta que mulheres grávidas e puérperas que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca sejam imunizadas com a segunda dose da Pfizer. Se a vacina não estiver disponível, o ministério autoriza que seja usada a Coronavac.
O documento foi assinado pela secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, na noite da última quinta-feira. A aplicação da vacina da AstraZeneca em grávidas e puérperas — até 45 dias pós-parto — foi suspensa pelo Ministério da Saúde em 11 de maio, após o registro da morte de uma grávida do Rio de Janeiro que havia tomado o imunizante.
Rosana Leite de Melo destaca a importância do
esquema completo de imunização "para assegurar elevada efetividade contra
a Covid-19". A secretária afirma que a segunda dose deverá ser aplicada no
intervalo estabelecido pelo imunizante usado na primeira dose.
"Às mulheres que receberam a primeira dose da
vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias
pós-parto) no momento de receber a segunda dose da vacina deverá ser ofertada,
preferencialmente, a vacina Pfizer/Wyeth", registra a nota técnica.
"Caso esse imunizante não esteja disponível
na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan. Os indivíduos
que receberem vacina no esquema de intercambialidade deverão ser orientados a
respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco
benefício."
Rosana Leite de Melo afirma ainda que as vacinas
contra Covid-19, de maneira geral, "não são intercambiáveis". Ou
seja, o esquema vacinal deve ser feito com o mesmo imunizante. A secretária, no
entanto, registra que há "situações de exceção". Entre elas, cita
ocasiões em que houver contraindicação específica ou ausência de um determinado
imunizante no país.
De acordo com a secretária do ministério, nessas
situações, é possível aplicar vacinas de diferentes fabricantes. Ela afirma que
existem dados "indicando boa resposta imune em esquemas de
intercambialidade" e informações que apontam uma "segurança
favorável".
A nota técnica registra que os estudos de
intercâmbio de vacinas se referem àquelas de vetor viral e RNAm — como a da
Pfizer. Segundo ela, não há dados disponíveis para a CoronaVac, mas existem
estudos em andamento.
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