O ministro da Justiça, Flávio Dino, revelou a proposta para a criação de um novo órgão federal de segurança e que concepção deste grupo partiu de um pedido do presidente Lula (PT).
A afirmação do titular da pasta foi concedida em entrevista à EBC, na noite desta quarta-feira (25). Na oportunidade, ele falou que a Guarda Nacional deve atuar no lugar da Força Nacional de Segurança, criada em 2004, no primeiro mandato de Lula.
"Ele [presidente] acha que a Força Nacional, como algo temporário, não cumpre o papel adequado. Ele próprio pediu a redação. Nós redigimos, está pronta. Será uma instituição dedicada à segurança das áreas cívicas, mas poderá atuar em áreas de fronteira, territórios indígenas e unidades de conservação. Será parecido com a Força Nacional, mas com comando próprio, com cultura, enfim", afirmou.
A decisão ocorre após os atos terroristas em Brasília, no último dia 8 de janeiro, quando apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Contudo, Dino descartou a ideia de de federalizar a Segurança Pública do Distrito Federal, que continuará sob o comando do governo local. A Guarda Nacional ficaria restrita a áreas sob jurisdição da União - como a Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e residências oficiais.
"Vai que, em algum momento, haja um governador extremista no Distrito Federal. Então, a segurança do Congresso, do Supremo, do Palácio do Planalto, ficaria submetida aos problemas da política local? Não pode. E esse é um erro que agora o presidente Lula quer corrigir", argumentou Dino.
A ideia é que seja uma corporação civil, mas de caráter ostensivo, com ingresso por meio de concurso próprio. Atualmente, o contingente da Força Nacional é recrutado de forma episódica a partir de agentes que atuam em diferentes polícias ao longo das unidades da Federação.
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