A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid apreendeu o celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que afirma ser representante no Brasil da empresa Davati Medical Supply.
Dominguetti é ouvido desde o final da manhã desta quinta-feira (1º) pela CPI. A apreensão ocorre após o depoente expor um áudio insinuando que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) teria negociado compra de vacinas diretamente com a Davati.
A acusação foi desmentida pelo CEO da empresa no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho. Ao jornal O Globo, Carvalho declarou que a gravação, recebida por ele, foi recebida por outra pessoa, "não diretamente do Luis", e que ela "não se refere a vacinas".
O CEO disse acreditar que a conversa exposta trate de negócios do deputado federal nos Estados Unidos. "Não tem nada uma coisa com a outra", afirmou, negando que Luis Miranda tenha relação com a Davati.
Testemunha "plantada"
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) chegou a levantar, durante a sessão, a suspeita de que Luiz Paulo Dominguetti tenha sido "plantado" para confundir os trabalhos da comissão parlamentar.
"Com todo respeito, essa testemunha foi plantada aqui. Ela foi plantada, ela está em estado flagrancial do artigo 342. Tem que dar voz de prisão a esse depoente", disse o parlamentar.
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