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sábado, 5 de novembro de 2022

Para retomar diálogo com evangélicos, PT de Lula estuda tomar atitude; Veja qual

Segmento que deu uma boa votação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, os evangélicos viraram alvo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No sentido de retomar o diálogo com essa corrente religiosa, o PT vem estudando tomar uma atitude.

Aliados de Lula, de acordo com o jornal O Globo, defendem que o futuro governo construa canais próprios de diálogo com lideranças evangélicas. Uma ideia gestada por representantes do PT e pastores que colaboraram com a campanha de Lula é criar uma secretaria de assuntos religiosos, sob o guarda-chuva de um ministério voltado para assistência social ou direitos humanos.

Além disso, outro objetivo é fomentar uma espécie de federação de igrejas independentes para driblar a dependência de pastores das maiores denominações. Uma segunda proposta seria reativar o extinto “Conselhão” com presença de representantes de religiões.

Um dos principais nomes da interlocução da campanha de Lula com religiosos e articulador da carta aos evangélicos, o ex-ministro Gilberto Carvalho tem colocado a reestruturação da relação com igrejas como um dos principais temas do futuro governo.

Na última segunda-feira (31), dia seguinte à vitória de Lula, Carvalho declarou a um podcast que será preciso “sinalizar com clareza” e ter uma “ação abrangente” com os evangélicos, e considerou o segmento crucial para “reconstruir uma ampla base popular de governo” e chegar à população mais pobre, “que está sendo cuidada pelas igrejas”.

Para Carvalho, o foco deve estar “nas pequenas igrejas, que são as que mais crescem”. Por outro lado, ele criticou a postura de grandes lideranças, como o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, a quem chamou de “useiro e vezeiro em enviar seus representantes ao Planalto” para negociar apoio nos governos Lula e Dilma.

“Erramos em atendê-lo e esquecer a base”, disse o ex-ministro.

Na sexta-feira (4), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o partido “dispensa” os acenos feitos por Macedo após a eleição e afirmou que o líder da Universal “é quem precisa pedir perdão pelas barbaridades (ditas) sobre Lula”.

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