Derrotado nas últimas eleições, quando tentou se voltar à Câmara dos Deputados após a cassação sofrida em 2026, Eduardo Cunha (PTB) compareceu à abertura dos trabalhos no Congresso Nacional nesta quarta-feira (1°) a convite da filha, Danielle Cunha (União Brasil), que conseguiu se eleger para a Casa.
Cunha teveapenas 5.044 votos em outubro de 2022. Em 2016, foi cassado pela Câmara por ocultação de contas bancárias no exterior. O deputado era acusado pela Lava Jato de receber propina em contratos firmados pela Petrobras para adquirir navios-sonda. Cunha chegou a ser condenado em duas instâncias, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No tapete vermelho, ele comentou suas expectativas para as eleições e composição de mesa diretora do Senado e Câmara.
"[Os deputados tendem a] escolher alguém que representasse a Casa, não o governo. O PT naquele momento era governo, então esse era o ponto de divergência. Queria a independência da Casa, não a Casa atrelada ao governo. Então, esse entendimento de independência que acabou prevalecendo até hoje. Dificilmente o parlamento vai voltar a eleger alguém que seja o apêndice do Palácio", afirmou. Arthur Lira (PP), aliado de Bolsonaro (PL), deve ser reconduzido à presidência da Casa.
No Senado, ele avalia que a situação será distinta por conta do perfil desse tipo de parlamentar. "O Senado é um pouco diferente da Câmara, até porque cada senador parece que é uma instituição. Os senadores não têm a fidelidade partidária que têm os deputados. Eles representam o Estado, não a população. Talvez estejam transformando a disputa que deveriam ser salutar entre o comando da Casa numa briga que seja ideológica e polarizada. Talvez não seja o caso, seja eles discutirem a administração da Casa e o comportamento da instituição".
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