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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Justiça manda soltar 14 suspeitos de envolvimento em roubo de armas de depósito da Polícia Civil, após MPPE exceder prazo

A Justiça mandou soltar 14 homens suspeitos de envolvimento no roubo de centenas de armas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, no Recife. O crime foi descoberto em janeiro de 2021 e a lista de presos inclui cinco policiais civis, que foram presos na Operação Reverso, deflagrada para apurar o "sumiço" do armamento de dentro do depósito do estado.

O alvará de soltura foi expedido porque o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsável pela denúncia, extrapolou o período para a realização de diligências necessárias para o processo, que era até outubro, segundo decisão judicial. Esse prazo havia sido estipulado pelo próprio MP, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A princípio, a Polícia Civil disse que 326 armas foram roubadas. Quase um ano depois, o g1 teve acesso a um documento interno da corporação, que apontou que foram 1.131 armamentos furtados (saiba mais abaixo).

O processo está em segredo de Justiça, mas o g1 teve acesso aos documentos da decisão, que foi proferida, na terça-feira (8), pela Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária do Recife.

"Todos os prazos razoáveis já foram dilatados por este colegiado a fim de que a prova fosse juntada de modo a permitir a continuação da instrução processual, o que foi feito dada a gravidade e a complexidade do processo, assim também para que fosse resguardada a segurança estatal e a ordem pública, como já se falou por diversas vezes", afirma a decisão.

Por causa disso, o tribunal considerou que não seria possível manter os 14 denunciados em prisão preventiva, pois isso excederia os limites legais.

O tribunal ainda considerou que, embora eles não possam continuar presos, é necessária a aplicação de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e, no caso dos policiais, afastamento das funções.

De acordo com a decisão, mesmo com a soltura dos suspeitos, o TJPE deu três meses para que o MPPE conclua as diligências e junte ao processo.

O g1 entrou em contato com o Ministério Público de Pernambuco, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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