Neste dia 12 de fevereiro, há 11 anos, um estupro coletivo planejado contra cinco mulheres em uma festa de aniversário resultou na morte de duas delas, em Queimadas, no Agreste da Paraíba.
O crime, que causou indignação nacional e ficou conhecido como “Barbárie de Queimadas”, é tema de um documentário, produzido em Campina Grande, e que conta o caso do ponto de vista dos profissionais que trabalharam na apuração. Assista acima ao trailer de “A década em que nada mudou”. Clique aqui:
O filme tem direção, roteiro, produção, fotografia e montagem pela jornalista Carol Diógenes. Segundo a diretora, o documentário tem a intenção de homenagear a memória das vítimas e levantar o debate sobre as atualizações do caso ao longo do tempo.
“A proposta é ver o outro lado dos profissionais que trabalharam na apuração do crime, e como o lado humano dos personagens se relacionou com a função que exerciam. Esta investigação busca também entender como a interação entre as instituições - imprensa, polícia e poder judiciário - aconteceu, e compreender como o estreitamento das relações entre elas garantiu a agilidade na apuração e penalização dos suspeitos”, disse Carol.
No documentário, foram ouvidos jornalistas, policiais, delegados, entre outras pessoas que atuaram diretamente na apuração do crime, que abalou a cidade de Queimadas. Para ajudar na composição, foram utilizadas imagens de reportagens feitas durante a última década, que auxiliaram na reconstituição da memória do caso. O filme está previsto para ser lançado em maio.
A Barbárie de Queimadas
O crime aconteceu na madrugada do dia 12 de fevereiro de 2012, em uma casa no Centro de Queimadas. Na casa estavam sete mulheres, nove homens e três adolescentes. Os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira organizaram a festa, convidando as vítimas para o evento, o aniversário de um deles.
O que as cinco mulheres não imaginavam é que seriam vítimas de um estupro coletivo dos homens, que seria um "presente" para o aniversariante. Para realizar o crime, Eduardo e Luciano forjaram um assalto e entraram encapuzados na residência durante a festa.
Os envolvidos nos abusos combinaram que, durante a festa de aniversário, três deles apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes para poder render as vítimas e, depois que elas fossem amarradas e vendadas, todos iriam estuprá-las. (Clique aqui e leia a matéria na íntegra do G1 PB).
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